quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Funcionamento do sistema bancário e de crédito

1.Introdução: tema e aspectos teóricos

 Atualmente o sistema financeiro americano é o maior e mais avançado desenvolvendo vários instrumentos financeiros. Durante a crise financeira global, os grandes bancos americanos passaram a concentrar cada vez mais poder devido ao aporte de fundos públicos e pela política de aquisição de outras instituições em dificuldades. O Wall Street Journal publicou uma reportagem em que é relatado que o Bank of America, o J.P. Morgan Chase e o Wells Fargo e o Citigroup detêm em conjunto o dobro dos empréstimos e outros ativos dos 46 maiores bancos restantes do país. Cerca de US$ 7,7 trilhões que equivale a 4,5 vezes o PIB brasileiro de 2009. De acordo com tabela elaborada pela consultoria Austin Rating, de São Paulo, os três maiores bancos nacionais detinham 53,3% dos depósitos do sistema financeiro nacional em dezembro de 2009 enquanto os bancos americanos detêm apenas 33% em pesquisa recente.  
  
O FED (Federal Reserve) tem como responsabilidade cuidar da política monetária, fiscalizar e regulamentar as instituições bancárias, manter a estabilidade do sistema financeiro e prestação de serviços financeiros para instituições depositárias, para o governo do país, e instituições oficiais estrangeiras. Ele também define o valor em dinheiro que os bancos podem emprestar. Atualmente, a exigência de reserva, que são projetadas satisfazer a demandas da retirada é de 3% a 10% do total de depósitos de um banco.

 Os 12 Bancos regionais da Reserva agem como a divisão de serviço do FED. Eles realizam a política monetária definida pelo Conselho do Federal Reserve e regulam e fiscalizam as instituições financeiras.
  Existem vários tipos de bancos, como por exemplo Bancos de poupança, bancos de poupança/empréstimo, bancos cooperativos e associações de crédito e Bancos comerciais. Atualmente mesmo que ainda existam diferenças entre os bancos e instituições de poupança e empréstimo, eles oferecem muitos serviços semelhantes.
  
Os bancos lucram através de juros e a taxa de juros que um banco cobra depende do número de pessoas que querem fazer empréstimos e da quantia que o banco tem disponível para emprestar, e também da taxa de fundos, que é a taxa de juros que os bancos cobram uns dos outros nos empréstimos de curto prazo para atender suas exigências de reserva.
Eles também lucram com empréstimos, sendo que quanto mais arriscado é o empréstimo maior e a taxa de juros, taxas por serviços, taxas especificas dos empréstimos, investimentos e valores mobiliários. Abaixo segue a explicação dos tipos de taxas:

Taxa de juros: Taxa cobrada pelos empréstimos em dinheiro. Em outras palavras, é o custo para se ter o dinheiro de terceiros. Quem oferece o empréstimo se beneficia com a taxa de juros, já quem recorre ao empréstimo arca com a taxa de juros.

Taxa de juros bancária: Taxa de juros cobrados pelos bancos às pessoas físicas.

Taxa básica de juros: É a taxa de juros definida pelo banco central. Quando o governo federal emite títulos públicos, e por meio da venda deles, toma empréstimos para financiar a dívida pública.
No país também existe a concentração bancária que é a redução no número de bancos de um país, concentrando o crédito e operações bancárias aos principais grandes bancos da economia. A concentração bancária não leva, necessariamente, a redução dos correntistas, mas é ruim para a economia, pois diminui a concorrência e dificulta a tomada de empréstimos.

Spread Bancário: É diferença entre o custo do dinheiro para o banco e o quanto ele cobra pelo empréstimo desse dinheiro. Quando uma pessoa faz um depósito em um banco, este paga um determinado valor (juros) por receber o dinheiro desta pessoa. Ao mesmo tempo, ao emprestar este dinheiro que foi depositado, o banco também cobra uma taxa para sua utilização. A diferença entre a taxa de juros do empréstimo e a taxa de juros do depósito é o Spread Bancário.

2. Apresentação dos dados (tabelas e gráficos, com as devidas fontes)

Nos Estados Unidos, a taxa básica de juros é definida pelo Comitê Federal de Mercado Aberto do FED (sistema de bancos centrais dos EUA) pela remuneração dos Federal Funds, que são títulos que lastreiam empréstimos interbancários overnight.

A taxa básica de juros dos Estados Unidos se encontra hoje em 0,25%. Ela vem caindo desde junho de 2007 quando estava em 5,25%. No ano de 2008 ela se manteve em 2% mas não se sustentou por causa da política monetária do FED.
No gráfico abaixo está a evolução da taxa básica de juros dos Estados Unidos de fevereiro de 2002 a janeiro de 2009.



 Com a crise financeira americana o FED vem implementando uma política monetária de redução da taxa de juros para que a despesa com consumo seja incentivada, pois corresponde a dois terços da atividade econômica dos Estados Unidos, segundo o site de notícias G1. No gráfico abaixo pode-se ver a evolução da taxa básica de juros dos EUA no ano decorrer do ano de 2008.



No próximo gráfico vemos a taxa de juros dos Estados Unidos em comparação com a de outros países.
Fica claro que ela é uma das taxas mais baixas do mundo. Em 2008, o Brasil tinha uma taxa de 13,75%. Hoje ela se encontra em 10,75%, ainda a mais elevada do mundo.
  


O spread bancário norte americano em 2003 segundo dados do FMI estava em 2,97%, um nível razoável entre os países desenvolvidos. Se olharmos no gráfico abaixo o Brasil tinha um spread de 45,10%.



 À medida que o spread diminui a taxa de juros também diminui. Como já foi dito, os EUA estão em recessão e isso afetou o consumo fazendo com que os bancos baixassem os juros  para incentivar o consumo.

Conclusão:

De acordo com os dados coletados e reportagens na Folha de São Paulo, por causa da crise o governo dos Estados Unidos vem buscando saídas para melhorar a economia.
As pessoas ainda estão desconfiadas resultando uma diminuição no consumo. Uma das alternativas para superar essa situação foi a diminuição da taxa de juros básica chegando a 0,25% mas a previsão é que não ultrapasse esse valor .
O Federal Reverse tem papel fundamental no país, pois é ele quem regula, controla as reservas bancárias e o sistema monetário, é impossível a economia de qualquer país seguir bem sem uma instituição que controle o sistema, no texto explicamos como funciona o sistema bancário dos Estados Unidos, como é importante as reservas e também o porquê é necessário que haja mais bancos desde que todos sejam regulados pelo FED. Mesmo com a existência dele o país deixou se levar pela confiança e o estrago veio à tona em 2009.
O problema da crise foi que os bancos disponibilizaram muito crédito no setor de imóveis para as pessoas, elas obtiveram mais facilidades de comprar casas e não houve estudos sobre as conseqüências que esse exagero de crédito poderia resultar.
Hoje ainda existem vários problemas na economia, o país está se recuperando aos poucos, mas muitos estão alarmados. 

Bibliografia:

Sites:

http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2010/09/21/fed-mantem-taxa-de-juros-dos-eua-entre-zero-e-025.jhtm

terça-feira, 12 de outubro de 2010

POLÍTICA FISCAL: EVOLUÇÃO DAS CONTAS PÚBLICAS






  • Introdução: tema e aspectos teóricos



A Política Fiscal compreende a administração das receitas,despesas e da dívida pública, sendo utilizada para regular a atividade econômica, impedindo a depressão e a inflação.O
 governo pode adotar uma postura contracionista, cortando os gastos públicos e aumentando os impostos , diminuindo a atividade econômica  e controlando a inflação ,essa postura normalmente é adotada quando a demanda é tão que as indústrias estão no máximo da sua capacidade produtiva.   Ou uma postura expansionista aumentando os gastos e diminuindo os impostos ,para aquecer a economia , gerando maior demanda , consumo e gerando emprego .Essa é a postura dos EUA no momento porque eles estão tentando se recuperar da crise
 
Quando as receitas que o governo arrecada na forma de impostos são maiores que suas despesas, diz-se que há um Superávit orçamentário.
Mas quando as despesas do governo são maiores que suas receitas diz-se que há um Déficit orçamentário.
Segundo Mochon(2007), “Dívida pública é o valor total de títulos de divida que foram emitidos pelo estado e se acham em poder do público”


  •     Apresentação dos dados



Nos Estados Unidos os principais impostos federais são: Imposto de renda pessoa física, Contribuições previdenciárias, Imposto de renda pessoa jurídica, entre outros. Os principais impostos estaduais e locais são: Imposto sobre venda, Imposto sobre propriedade, Imposto de renda pessoa física, Repasses do governo federal, Imposto de renda pessoa jurídica, entre outros.

Olhando o gráfico acima, vemos que o imposto de renda pessoa física e contribuições previdenciárias, somam juntos mais de 80% das receitas do governo federal. No ano de 2009, foram arrecadados aproximadamente U$2,1 trilhões em impostos.
Já as principais despesas do governo federal são as despesas com Seguridade Social, Defesa nacional, Auxilio a renda, Juros líquidos, Medicare, Saúde entre outros. E as principais despesas dos governos estaduais e locais são com Educação, Bem-estar público, Estradas entre outros.
No gráfico abaixo, os principais gastos federais dos Estados Unidos no ano fiscal de 2009.
Neste mesmo ano o EUA gastou cerca de U$ 3,52 trilhões do orçamento base.

Como se pode ver os gastos com defesa representam a maior parte dos gastos dos Estados Unidos, decorrente da guerra no Oriente Médio (Afeganistão e Iraque) 
Os Estados Unidos também tem um alto gasto com a saúde e  seguridade social. Na área da saúde temos os gastos com o Medicare, que é um plano de saúde para idosos, e temos o Medicaid, um programa federal para os pobres.
Como a população idosa dos Estados Unidos está aumentando, por causa da queda na taxa de mortalidade e fecundidade, os gastos referentes à seguridade social tendem a aumentar ao longo dos anos.
Segundo o site de notícias Reuters, até 30 de setembro de 2010, o déficit fiscal (orçamentário) dos Estados Unidos estava em U$1,29 trilhões, segundo estimativas do escritório de Orçamento do Congresso. O que representa 8,9% do PIB do país.
No ano de 2009, esse déficit orçamentário era de U$1,4 trilhão, o maior recorde registrado desde 1945.
A dívida publica dos Estados Unidos totaliza 52,9% do seu PIB (2009), segundo a CIA, e sua divida externa está em U$13,45 trilhões.

  • Conclusão





Os Estados Unidos gasta mais do que arrecada, e isso vem ocorrendo desde muito tempo. Com a crise financeira de 2008 – 2009, a situação piorou pois várias causas fizeram com que a situação financeira do país ficasse no vermelho: quebra de bancos, aumento da inadimplência, aumento do desemprego, diminuição da arrecadação de impostos, fuga de investidores externos, aumento no número do seguro desemprego. Com isso o governo teve que tomar várias medidas para conter a crise, que não foi só de âmbito nacional mas internacional: injetou mais de 1 trilhão de dólares na economia, comprou títulos podres, cortou impostos, etc.

Os Estados Unidos devem rever sua política fiscal, mas cortar os gastos públicos no momento em que se está no meio de uma crise é uma atitude muito delicada. Os programas para socorrer os bancos e empresas e a queda na arrecadação de impostos agravou o problema ,nesse ano o governo pretende cortar custos , cortar   financiamentos e a retirar as das tropas do Iraque e do Afeganistão para diminuir o déficit  .Os EUA  são o país que originou a crise e é também o mais  atingido por ela ,  e está se recuperando muito lentamente.